Turismo de experiência é proporcionar vivências que o viajante não teria no turismo tradicional. Isso quer dizer que, além de conhecer pontos turísticos tradicionais, ele ainda tem a oportunidade de vivenciar a realidade local. Saiba tudo sobre turismo de experiência: o que é, sua importância e como praticar.
Tudo sobre turismo de experiência
O turismo de experiência é um nicho dentro do mercado de viagem, ao mesmo tempo que ele abrange nichos menores, como o cultural, histórico, gastronômico, religioso, entre outros.
Poderíamos dizer que o turismo de experiência, ou tex para os intimos, é apresentar o mesmo destino tradicional, porém, proporcionando uma vivência completamente diferente, com maior profundidade e aproximação com o lugar.
O viajante que está em busca dessa vivência quer, acima de tudo, que a sua viagem tenha um sentido maior do que simplesmente o descanso. Ele quer se sentir parte do destino, descobrir os segredos locais e levar para casa conhecimento, descobertas e transformação.
De acordo com o Sebrae o turismo de experiência tem determinadas características: “Os fundamentos são os elementos que precisam estar presentes e que são o centro da transformação de um serviço simples em um serviço orientado para a experiência: sentido, sentimento, pensamento, ação e identificação”.
Veja alguns dos pontos necessários para a prática do turismo de experiência:
- Despertar os sentidos: Se seu destino for, por exemplo, o Rio de Janeiro, qual é o cheiro agradável e marcante de lá?! A feijoada. Aí já temos também o gosto. Podemos completar com o tato de uma cerveja gelada. E o som? O funk, o samba. Para a visão pode ser o pôr do sol de Niterói?
- Sentimento: Essa é uma premissa básica e talvez a mais importante. O turismo de experiência precisa ativar as emoções do viajante. Se seu destino for, por exemplo, o Rio de Janeiro, a ideia não é só pegar um fila enorme para ir no Cristo Redentor, mas conhecer a história do local, falar sobre as pessoas por trás da construção, mostrar a sua essência.
- Pensamento: estimular a cognição com novas informações: contando histórias; oferecendo oficinas de culinária, dança, arte; provocando o viajante a explorar novos mundos.
- Ação: é fazer o turista entrar em movimento e interagir. Pode ser por uma trilha, percurso histórico da região, ou quem sabe participando de alguma atividade com a comunidade.
- Identificação: essa é para marcar o coração do viajante. Fazer com que ele se sinta parte da história.
Unindo todos esses pontos podemos pensar que, ao invés de comer apenas uma feijoada comum no Rio de Janeiro, pode haver uma experiência onde o viajante aprenderá a preparar o prato com algum local, usando ingredientes da comunidade, conhecendo a importância e história desse prato. Sentidos, sentimentos, pensamento, ação e identificação tudo no mesmo lugar.
Outro exemplo bem interessante, o roteiro cultural Passos da Realeza, onde você tem oportunidade de conhecer a cidade maravilhosa reproduzindo o caminho que a realeza portuguesa fez. Durante este roteiro, além das informações históricas, o viajante ainda tem a oportunidade de fazer um bela degustação de cerveja que cai tão bem nas ensolaradas tardes cariocas.
Diferença entre turismo tradicional e turismo de experiência
A facilidade e desejo de viajar, somado ao pouco tempo e disponibilidade que temos fez com que o mercado de turismo começasse a oferecer cada mais pacotes baratos, com viagens expressas, focadas somente nos arranjos comerciais entre as agências, restaurantes e lojas.
Tudo mundo quer viajar, ou quase todo mundo! Sair da rotina tediosa, relaxar, desconectar-se dos problemas. Mas dependendo da maneira que você faz isso, não só sua experiência será completamente diferente, como o destino poderá sofrer consequências.
Não é incomum você ver agências que fecham pacotes turísticos onde o viajante vai parar um pouquinho em cada ponto, tirar uma foto, comprar algo na loja e ir embora. E isso traz sérias consequências, como oprimir a população tradicional do destino, uma logística que poluí e sobrecarrega a natureza, incentivar uma conexão rasa com o local.
O turismo de experiência vem então propor um novo olhar para as viagens, onde menos é mais (menos lugares, mais tempo). O que mais importa é a conexão e aprendizados que o viajante levará para casa.
Qual é a importância do turismo de experiência
Repensar a forma que viajamos e vivemos no mundo, transformando a vida do viajante e da comunidade que o recebe. Viajar tem um poder enorme de aprendizado, conscientização e transformação. Quando o viajante se permite conhecer com profundidade cada destino, consegue, sem dúvidas, ampliar muito a sua visão sobre o mundo.
Através de ações junto com a comunidade local, o turismo de experiência é capaz de oferecer passeios que valorizam e empoderam os moradores, assim como, podem ajudar a preservar o meio ambiente e elaborar planos para o desenvolvimento do território à longo prazo.
Turismo de experiência é sempre caro?
Não necessariamente. Apesar de que trabalhar com passeios mais complexos, personalizados e conscientes pode elevar os custos dessa atividade, há sempre as opções de luxo, as simples e as de aventura.
Exemplifico:
Luxo tradicional: um resort luxuoso na Ásia que tenha toda a cara de uma rede americana
Luxo de experiência: um resort local com comida, produtos, atrações, aulas e participação dos moradores da região.
Simples tradicional: um hotel na praia que não tem nenhuma iniciativa especial, além da sua localização.
Simples de experiência: um hotel na praia, simples, mas que tem parceria com as atrações oferecidas pela comunidade local.
Aventura tradicional: fazer uma super trilha com um agência comum.
Aventura de experiência: fazer uma super trilha com um guia que nasceu na cidade e faz essa trilha durante sua vida toda.
Nós amamos tanto esse tipo de viagem que temos uma agência com o nome Turismo de Experiência! Separamos dois roteiros de viagem que amamos!